O ser humano desconhece a dor do orvalho.
Ele parece insensível, o orvalho.
Que nada! Ele é a gota do teu coração. Ele vê o fundo do fundo do fundo da tua compreensão.
Converse com o orvalho da manhã, veja nessa gota a tua irmã de essência, irmã de desejos puros e secretos.
Perdoe-a e aceite-a como ela é: pequena, gota, redonda, que brilha.
Ela não tem boca, nem olhos.
Mas atua juntando as chuva e águas que navegam temerosas de morrerem sozinhas.
O orvalho nunca te deixará sozinho.
Ele existe para te mostrar como podemos ser ao mesmo tempo tão juntos como separados, significantes e desconsiderados, justos e condenados, abertos e fechados.
Ao tocar podem grudar em você e te molhar
de prazer.
O prazer de viver
Em sintonia com
O Todo e nesse Todo
Também se encontra você.